segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Desenvolvimento em Projetos Offshore

Uma das ondas do mercado de IT tem sido a prática de projetos offshore, principalmente nas grandes organizações corporativas. Nessa onda, países do dito Primeiro Mundo unem serviços com nações como Brasil, Mexico, China e India. Java tem sido uma das tecnologias mais usadas nesses projetos. Em termos de Brasil, experiências têm mostrado que é possível vender serviços brasileiros em IT de nível internacional, mesmo que a imensa maioria das placas apontam hoje para os "gigantes" Índia e China.

O termo offshore varia de acordo com o mercado a ser tratado, como na indústria de combustíveis, ou no mercado financeiro. Em termos de IT, offshore é uma forma de terceirização para a realização de negócios em outros países. As empresas "fornecedoras" de serviço offshore são companhias que oferecem a possibilidade de terceirização de serviços de TI com mão-de-obra de fora do país de origem da empresa contratante

As primeiras propostas de projetos offhsore vieram dos Estados Unidos, que queriam contornar o problema do custo da mão-de-obra especializada, com a idéia de contratar serviços de qualidade, com custos mais baixos. Os primeiros serviços a serem "terceirizados" estavam ligados a webdesign, callcenters e help desk. A India foi a principal opção norte-americana e logo se iniciou também o suporte a applicações Mainframe.

O offshore no mercado de IT ficou mais forte nos últimos anos e ganhou novos adeptos. Além da Índia, os alvos principais são Rússia, China, Irlanda, República Checa, Argentina, México e Brasil. Houve também o aparecimento do chamado "Offshore Indoor", na qual a prestação de serviços é feita por outras unidades da companhia, localizadas em outros paises.

Quando analisamos o Brasil no mapa dos projetos offshore, podemos notar que nossas empresas têm experiência, preços competitivos e qualidade técnica. Entretanto nem aparecemos ainda no mapa das exportações. Numeros comparativos entre Brasil e India, o fornecedor dominate do mercado, mostram um abismo. Em 2005, por exemplo, a India movimentou 12,2 bilhões de dólares em exportação de serviços de IT. O Brasil ficou entre 300 e 400 milhões, já que nem os números conseguem ser precisos. Ainda se espera pelos números de 2006.

Mesmo assim, a marca "Brasil" no offshore vem crescendo graças a um grande esforço por parte das empresas. São exemplos desses esforços a adoção de certificações e processos como CMMi, RUP, entre outras, a criação de centros de offshore no Rio, S.Paulo, inauguração de novos polos de produção de software em Blumenau e Florianópolis, areas de AMS (Application Management Services) voltadas exclusivamente ao off-shore, assim como portais especializados.

A maioria das empresas que busca por projetos offshore são instituições financeiras, montadoras, ligadas a área de telecom e logistica, além das grandes multinacionais / "transnacionais", responsáveis diretamente pelo offshore indoor. Os projetos tem norteado áreas como desenvolvimento de software, application support, infraestrutura e HelpDesk. O principal mercado é o norte-americano, de onde também chegam muitas críticas, pois segundo esses críticos, a curto prazo, profissionais daquele país estão ficando sem emprego, e a longo prazo, essa "onda" fará com que os Estados Unidos percam gradativamente a liderança do mercado tecnológico, uma vez que oportunidades de trabalho e aprendizado estão sendo oferecidas para países emergentes.

* Por: Eric C M Oliveira

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